GENTE QUE QUER CRESCER

Thursday, April 28, 2005

CERTA, INEFÁVEL PRESENÇA

Então, amigas? Que silêncio é esse? Já estou com saudades dos vossos comentários ou mesmo "Posts". É que, assim, a chama não é alimentada...Da minha parte, tenho imensa coisa para partilhar convosco. Tenho vivido fins-de-semana muito ricos. Sim, ricos, porque numa linha de centralidade naquilo que em nós há de mais nosso - o nosso SER PROFUNDO, de que já falámos muito por aqui, e que reclama ser alimentado regularmente. É aí que nos encontramos também com o nosso desejo essencial, com o desejo de crescimento, de evolução até à nossa medida, aquela que desde sempre nos foi pedida...(exigida?). E, para mim, é cada vez mais claro que só isso interessa, porque com isso tudo fica resolvido. Temos a sensação de encontrar o nosso norte e, uma vez encontrado arrastamos tudo e todos. "Não corras, porque tanta pressa? O único lugar para onde tens de correr, é para dentro de ti".

E, na espera do "vosso", envio-vos mais um pedacinho de Tagore:

CERTA, INEFÁVEL PRESENÇA

Não sei de que tempos distantes vens até mim.
O teu sol e as tuas estrelas
nunca poderiam esconder-te de mim para sempre.

Quantas manhãs e quantas noites ouvi teus passos!
Quantas o teu mensageiro entrou no meu coração
e me chamou em segredo!

Hoje, não sei porquê, minha vida está louca,
E uma trémula alegria passa-me pelo coração.

É como se tivesse chegado o tempo
de acabar o meu trabalho.
E sinto no ar não sei que vago aroma
Da tua doce presença.

(Rabindranath TAGORE)

Friday, April 22, 2005

PUXANDO PELA VIDA

Hoje, apenas algumas frases bem curtinhas para faciliatr a leitura e para ficarem lá dentro como impulsos de vida. Às vezes os grandes discursos cansam-nos, sabem-nos a blá-blá-blá, ficamos com a sensação de não ter ficado com nada do que foi dito...Pelo contrário, uma pequena frase, uma metáfora, desperta coisas, fica a trabalhar lá por dentro, abrindo caminhos. Então, para que eu não incorra também na tentação dos discursos, aí deixo essas frases:

"A cada manhã dedica um momento a ti mesmo e ao teu lugar no novo dia"

"Sê feliz ao explorar o teu potencial. A maior parte das pessoas vive num círculo muito restrito da sua existência potencial, e usa apenas uma pequena parte dos seus recursos".

"Aprende a evitar aquelas coisas que te fazem sentir agitado(a)".

"Eu vou arranjar tempo para fazer as coisas que gosto de fazer".

"Eu vou aprender a relaxar".

"Eu vou melhorar as minhas aptidões"

"Eu vou aprender a dizer não".

"Eu vou aprender a delegar a responsabilidade"

Thursday, April 14, 2005

O SENTIDO DA VIDA 3

Tal como prometi, aqui vai o resto do texto sobre o sentido da vida. Assim, às migalhinhas, mastiga-se e digere-se melhor. Então, é assim:

"Pois bem, eu diria que a vida exige que cada um desenvolva as capacidades positivas e criativas que tem dentro de si. Diria ainda que, graças a este desenvolvimento cresço exteriormente, fortaleço-me interiormente e adquiro uma consciêcia de mim mesmo de felicidade, de plenitude e de autenticidade. Paralelamente a este crescimento individual produz-se um crescimento social e de grupo. E, tanto um como o outro, apontam para uma consciência de plenitude e de realidade, para algo a que poderemos chamar Deus, Sabedoria, Poder, ou qualquer outro nome que lhe queirqmos chamar.
Assim, o importante na vida não é passar bem ou mal, demonstrar que sou superior ou inferior, mas SER EU MESMO. A minha vida tem de ser uma constante criação e descoberta de mim.
Descobrir o sentido da vida passa, assim, pela minha afirmação pessoal que é, ao mesmo tempo, expressão de mim e abeetura aos outros. Não se trata de renunciar a mim pelo bem dos outros, mas de uma afirmação básica de mim que se exprime dinamicamente e que se traduz por uma afirmação progressiva dos outros nos outros.
Na medida em que EU FOR MAIS EU , poderei fazer melhor aquilo de que sou capaz e ajudar os outros a que sejam mais eles próprios."

Saturday, April 02, 2005

O SENTIDO DA VIDA 2

A propósito do meu texto anterior, transcrevo outro pequeno texto de um autor espanhol:

"É difícil falar destas coisas de uma formas concreta e precisa. Mas eu aconselharia que cada um de nós procurasse mesmo descobrir qual é o sentido da sua vida. Sentido actual, quer dizer, não aquilo que, filosofando, eu imagino. Isso não tem nada a ver com a minha vida. Sentido da vida quer dizer: o que é que me faz viver em cada momento? O que é que me motiva? O que é que, em cada situação me diz: por aqui, não; por ali, sim. Agora sim, agora não. É preciso descobrir isso. E só o posso descobrir, observando. Só o poderei descobrir se viver desperto, observando-me enquanto actuo. Se começar a fazer isso, poderei verificar que há certas coisas que me dão gosto e outras que rejeito; umas que me entusiasmam e outras que me dão medo e me irritam. Observando-me ainda melhor, descobrirei para onde apontam todas essas coisas. Começarei a perceber que são sempre as mesmas coisas que me irritam ou desgostam e sempre as mesmas coisas que me atraem. Dar-me-ei conta que estou à procura de alguma coisa...Mas tudo isto é qualquer coisa que eu tenho de descobrir realmente, dinamicamente, na minha vida. Porque, quando descobrir como funciono, descobrirei também o que me motiva. O "sentido da vida" não é uma coisa abstracta, genérica. O sentido da vida é o sentido de cada coisa que faço na minha vida, o sentido de cada instante, o porquê de cada momento que vivo... (continua)

Em Criatividad y plenitude de vida, de António Blay

O SENTIDO DA VIDA 1

Hoje, apetece-me falar desta coisa a que chamamos "sentido da vida". Que sentido tem a minha vida? Que ando eu aqui a fazer? Por que é que vivo? Para quem é que vivo? O que é que me faz sair da cama cada manhã? São estas e tantas outras perguntas semelhantes que muitas vezes nos fazem ficar paradas à procura de respostas e outras vezes nos põem em marcha, em dinâmicas de operacionalidade. O sentido da vida tem a ver com o que há de mais profundo em nós, com os nossos valores, os nossos sonhos, as nossas aspirações, que nos empurram para a realização do essencial de nós. Digo do "essencial", daquilo que tem a ver com o nosso SER, com a nossa essência. É que, enquanto não olharmos para aí, arriscamo-nos a arrastar a nossa vida numa superficialidade esvaziante e geradora de frustracções...

O SENTIDO DA VIDA

Hoja apetece-me escrever sobre o sentido da vida. De certeza que todos nós já alguma vez nos colocamos esta questão do sentido da vida. Talvez não o tenhamos feito desta forma específica "qual o sentido da minha vida", mas com outras perguntas: Que ando eu a fazer neste mundo? Para que serve fazer aquilo que faço? Devo fazer isto ou procurar outra coisa? Porquê esta insatisfação permanente dentro de mim? Que quero eu da vida?...
E é importante procurar algumas respostas para estas e outras perguntas que têm a ver com a nossa realização essencial. Digo bem "essencial".Porque se trata, de facto de realidades que têm a ver com o nosso SER profundo onde residem os nossos sonhos, os nossos valores, as nossas aspirações, enfim tudo aquilo que nos faz VIVER. E viver em plenitude. Em toda a nossa dimensão humana e espiritual. Para o conseguir, talvez nem tenhamos de fazer nada diferente daquilo que fazemos hoje. Talvez tenhamos apens de fazer o que fazemos de uma forma diferente. Ou talvez tenhamos de ir à procura de outros caminhos. A cada um de descobrir aquilo que, de facto o preenche. Apetece-me transcrever um pouco de um texto de um autor espanhol sobre este tema. Diz ele falando do sentido da vida:
"É difícil falar destas coisas de uma forma concreta e precisa. Mas eu aconselharia a que cada um de nós procurasse mesmo descobrir qual é o sentido da sua vida. Sentido actual, quer dizer não aquilo que, filosofando, eu imagino. Isso não tem nada a ver com a minha vida. Sentido da vida quer dizer: o que é que me faz viver em cada momento? O que é que me motiva? O que é que, em cada situação me diz: Por aqui, sim, por ali, não. Agora, sim, agora, não. É preciso descobrir isto, observando. Se me ponho a pensar, não conseguirei descobrir nada. Posso teorizar muito, fazer castelos mentais, mas não vou descobrir nada sobre o sentido actual da minha vida. Só o poderei descobrir se viver desperto, observando-me quando actuo. Se começar a fazer isso, poderei verificar que há certas coisas que me dão gosto e outras que rejeito; umas que me entusiasmam e outras que me dão medo e me irritam. Observando-me ainda melhor, descobrirei para onde apontam todas essas coisas. Começarei a perceber que são sempre as mesmas coisas que me irritam ou desgostam e sempre as mesmas coisas que me atraem. Dar-me-ei conta de que estou à procura de alguma coisa...Talvez descubra que há em mim uma tendência para me fazer de vítima, para mostrar aos outros que preciso de ajuda, protecção, compaixão. Talvez descubra que a minha vida é uma permanente expressão de protestos e ressentimentos. Talvez descubra que há em mim uma tendência para evitar complicações e um desejo de viver tranquilo e em paz junto com os outros. Noutros momentos descobrirei a necessidade de demonstrar que valho mais que os outros.
Porque tudo isto é qualquer coisa que eu tenho de descobrir realmente, dinamicamente na minha vida. Porque, quando descobrir como funciono, descobrirei também o que me motiva. O sentido da vida não é uma coisa abstracta, genérica...O sentido da vida é o sentido de cada coisa que faço na minha vida, o sentido de cada instante, o porquê de cada momento que vivo".
Em Criatividad y plenitude de vida, de António Blay