GENTE QUE QUER CRESCER

Monday, July 25, 2005

NÃO BASTA...

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio
não é bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse.
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Fernando Pessoa

Friday, July 22, 2005

O CERTO

Em mais uma semana de trabalho e vivência ouvi por várias vezes estas palavras que aqui vou deixar:

1 - Quem está presente é a pessoa certa
2 - Quando começa, é a hora certa
3 - O que acontece é a única coisa que poderia ter acontecido
4 - Quando acaba, acaba.

Quanta ansiedade, angústia e stress podíamos evitar se seguimos estas quatro regras tão simples. No fundo é só deixai acontecer o que acontece. Pode parecer, à primeira vista, que é assim um "deixa andar". Mas não é. Sobretudo para a nossa pressa de ocidentais e para o nosso desejo de tudo controlar, é um grande desafio de exigência e aceitação. É sobretudo um desafio à nossa capacidade de viver o momento presente. É o sábio "SÊ TODO EM CADA COISA" que a maior parte dos visitantes deste Blog já conhece como senha. Pois é isso que continuo a desejar para cada uma e para cada um. Que saibamos viver, com a intensidade possível, o momenmto que nos é dado viver. Só temos esse.
E, o tempo de férias vai-se aproximando, para alguns já está a deocrrer. O céu azul, os explêndidos pôr-do-sol, o mar, a areia quente, a montanha, a luz, chamam por nós. Viver tudo isso a plenos pulmões, encher-se de reservas deVIDA é um doce convite para todas e todos. Que cada uma e cada um possa desfrutar ao máximo. Porque eSsa é, agora, a coisa CERTA.

Tuesday, July 12, 2005

A SIMPLICIDADE DAS COISAS

Gostaria de ser poeta, ou de ter a pena fácil de um escritor, para partilhar convosco a minha vivência da semana que findou. Foi em plena serra de Monchique, no Algarve, com uma vista imensa - infelizmente em grande parte devastada pelos incêndios - que alongava o nosso olhar até às zonas costeiras onde outras vidas aconteciam. Sim, outras vidas, porque a nossa, de cerca de vinte pessoas, ali no cimo da Serra, era bem simples: levantar às 7.ooh, meditação, pequeno almoço, trabalho, almoço, trabalho, meditação, deitar... Sem notícias. Sem rádio, sem televisão, sem jornais.
Então que trabalho fizemos nós? O tema dava pelo nome "Do social ao ambiental". Assim dito, não diz nada. O que fizemos, foi essencialmente uma reflexão vivencial sobre a saúde do nosso PLANETA e como podemos tratar melhor dele para que os nossos vindouros o encontrem ainda habitável. Foi um despertar intenso antes de mais para nós mesmos, enquanto actores e fazedores de novos processos de sutentabilidade deste nosso mundo tal como gostariamos que ele fosse, e como agentes de sincronicidade com o Cosmos de que fazemos parte. Houve silêncios e partilhas intensas, houve cantos e danças, houve alegria, houve aquela serenidade do viver fraterno e em harmonia, houve toda uma tomada de consciência da imensa riqueza,e também das sombras que cada um traz dentro de si, dessa imensa riqueza que somos chamados a pacificar, desenvolver e actualizar. Foi intenso, foi bonito, foi construtivo.
Na linha de uma chamada à responsabilidade, deixo-vos com a frase "Não é o evento que é importante, mas a resposta de cada um ao evento".