GENTE QUE QUER CRESCER

Saturday, December 30, 2006

PASSAGEM

Uma querida amiga enviou-me um postal com o texto que vai a seguir. Acho-o muito próprio para este fim de ano, que nos convida a alguma reflexão sobre a vida e a sua brevidade. Com o mesmo carinho com que ela mo enviou eu o envio às minhas leitoras/es.
"A nossa existência é tão passageira como as nuvens do Outono. Assistir ao nascimento e morte dos seres é como observar os movimentos duma dança. Uma vida é como o relâmpago no céu, corre como a água que jorra de íngreme montanha! Paramos por algum tempo para nos encontrarmos uns aos outros, para nos amarmos, para partilharmos. Este momento é precioso, mas passageiro. Constitui um pequeno parêntesis na eternidade. Se o partilharmos com carinho, alegria e amor, criaremos abundância e felicidade uns aos outros. E, assim, este momento terá valido a pena".
(D. Chopra)

Friday, December 22, 2006

NATAL

"No lugar das coisas possíveis,
os homens escrevem os seus nomes,
Mas, quando o impossível se faz carne,
ali se escreve o nome de Deus".
(Rubem Alves)

Natal é de todo o mundo - cristão ou não cristão. Natal é esta onda de alegria, de fraternidade, de solidariedade, que percorre todos os recantos da terra. Já vivi o Natal nas zonas tórridas dos trópicos, nos bairros degradados de grandes cidades, em aldeias bem escondidas na serra e, em todos esses natais, em todos esses lugares encontrei esse mesmo espírito de amor, como se, embora por breves instantes, participassemos do GRANDE AMOR que é a presença de Deus entre os homens. Como se em todos os impossíveis, como diz Rubem Alves, escrevêssemos o nome de Deus".
A todos os meus leitores e leitoras, desejo essa plenitude que nos atinge quando sentimos bem perto a presença de Deus. E que ela se prolongue por todo o Novo Ano e por todo o sempre.

Sunday, December 17, 2006

AMOR UNIVERSAL

É sempre tempo de desenvolver em nós o Amor Universal. Mas este tempo que vivemos, em que Deus reveste, de um modo especial, a forma humana, é particularmente propício a isso. Os votos que vamos formulando dão uma ajudinha. Dentro de uma espiritualidade judaico cristã e também em outras, vamos repetindo aquele célebre mandamento "temos de amar a todos igualmente", porque todos somos filhos de Deus, filhos da mesma Mãe Terra e do mesmo Universo que nos acolhe e nos faz viver. Só que, às vezes, não é assim tão fácil. Mas também nos podemos ajudar de outras formas. Pela meditação, por exemplo. E aí vai um processo que talvez resulte, aliás, resulta mesmo:
Depois de se sentar bem confortavelmente,feche os olhos, e relaxe profundamente... sinta o seu corpo músculo por músculo até que ele se encontre em perfeito estado de relaxamento. Depois, centre-se em si próprio - somos os primeiros a necessitar de amor. Formule um voto para si, por exemplo, dizendo o seu próprio nome e "sê feliz" ou "sente-te amado/a", ou outro. Fique uns minutos repetindo isso. Traga depois à mente um pessoa amiga. Formule para ela os meus votos e fique com ela na mente uns minutos. Repita o processo para uma pessoa que lhe seja neutra e depois para um inimigo, ou uma pessoa que simplesmente não lhe seja nada simpática. Seguidamente, junte as quatros pessoas: a amiga, a neutra, a inimiga e você. Fique com as quatro na sua mente e deixe os bons desejos virem para todas. Depois vá alargando...alargando...às pessoas do seu prédio, do seu bairro, da sua freguesia, concelho, país, mundo...Visualize ou imagine mentalmente essas pessoas nas suas condições de vida e vá desejando "tudo de bom para elas". Deixe que o AMOR UNIVERSAL a/o vá invadindo e vá alastrando...alastrando...Fique alguns minutos com essa sensação amorosa e regressse à sua zona consciente, ao aqui e agora. Fique uns instantes a perceber o resultado do exercício.
E que tal partilhar neste Blog esse mesmo resultado? Fica o desafio.

Wednesday, December 13, 2006

RESPIRAÇÃO

"Quer ficar calmo?, perguntava o velho Bachelard. "Respire suavemente diante da chama leve que faz sossegadamente seu trabalho de luz".

Reparo que, ultimamente, tenho vindo a transformar-me numa apóstola da respiração. É que tenho vindo a aprender a importância dela na redução do stress, na prática da meditação e noutros momentos da minha vida. Poderão dizer: "mas de que serve eu estar a prestar atençaõ ao ar que segue o seu eterno ritmo de entrar e sair nos pulmões?" Já repararam que o rtimo varia? Às vezes é aquele vai-vem lento, sossegado, calmo, como o da criança que dorme em paz, sonhando talvez com os anjos. Outras vezes é agitado, apressado, nervoso. Outras ainda, é como se parasse, como se ficássemos sem fôlego... (até se diz).
Experimentem, por exemplo, quando vão a conduzir, apressados porque já estão atrasados, chegam a um semáforo vermelho e, em vez de se impacientarem à espera que caia o verde, prestar atençaõ à vossa respiração, fazer uma respiração profunda... ou duas... ou três, e verão que o verde até cai mais depressa. Experimentem fazer o mesmo antes de dar aquela "resposta torta" que o outro estava mesmo a precisar...antes de dizer algo que não seja útil, etc...E verifiquem o que acontece,
Deixo-vos um site onde podem encontrar mais sobre o assunto: www.maharaji.net

Monday, December 04, 2006

VÍNCULOS DA ALMA

Tenho o hábito de ir partilhando com os meus leitores/as bocadinhos de leituras com as quais vou alimentanto a alma. Já vos falei do Jorge Carvajal. É ele que me alimenta neste momento. Um dos capítulos do livro que já citei por aqui tem como título: "Os vínculos da alma". E fala o autor dos vários vínculos, ligações que vamos criando ao longo da vida, desde aqueles que nos unem aos nossos pais, até à rede de relações e reciprocidades que vamos tecendo ao longo da vida, e cuja qualidade é determinada, em grande parte, por essa relação primordial com quem nos deu o ser. Mas, antes de qualquer destes vínculos há um vínculo essencial com a nossa alma. Perdidos com as aparências, com o exterior, nem sempre damos a devida atenção a esse vínculo fundamental. Ele aparece quando, num determinado momento "perdemos a noção do tempo e experimentamos a leve e gratuita sensação da unidade com o todo (...) Na alma restabelece-se a unidade perdida, todas as folhas e ramos se unem ao mesmo tronco, são nutridas pela mesma seiva; a corrente da vida canalizada a partir da alma inunda de amor o coração".
Experimentamos os vínculos da alma em momento de plenitude que se caracterizam por:
"A experiência de uma paz profunda.
A vivência do amor incondicional.
A experiência de comunhão.
A experiência da leveza: gratuidade, graça e liberdade.
A vivência de uma fé interior que se tranforma em confiança e esperança.
A experiência de sentido. Tudo retoma o seu significado. São instantes de viência intensa nos quais se expande o prensente e desaparecem as fronteiras entre o observador e o observado."
(Jorge Carvajal, in Por los senderos del alma, tradução livre)