GENTE QUE QUER CRESCER

Tuesday, November 25, 2008

SILÊNCIO

Este fim-de-semana ficou gravado na minha alma. Bem lá no cimo das imensas e sólidas montanhas transmontanas, um grupo de amigos esqueceu por dois dias o stress do dia-adia, esqueceu as ocupações e "retirou-se" para, no silêncio e no contacto com a natureza, se encontrar consigo e com a sua dimensão transcendental, espiritual. O tempo brindou-nos com um sol magnífico que se derramava a jorros por montes e vales, facilitando o nosso contacto com a Mãe Natureza despertadora de VIDA. E esse vida foi espreitando cá para fora em partilhas ricas e profundas, expressão dos nossos desejos de infinito. Talvez esqueçamos muitas vezes que temos desejos de infinito. Que o infinito está gravado no nosso SER . Que, quando lhes damos espaço, esses desejos vêm cá para fora en toda a sua beleza, brindando-nos com momentos de plenitude. Foi o que experimentamos no fim destes dias: PLENITUDE! Como se tudo em nós estivesse em profunda harmonia. Apetece-me dizer, com Elisabete Kübler-Ross:
"A LUZ QUE NOS É CONCEDIDA É TÃO FORTE QUE, QUE, MESMO QUE QUISESSEMOS, NÃO PODERIAMOS APAGÁ-LA COMPLETAMENTE".

Sunday, November 16, 2008

CARTAS DE AMOR

Há uma canção e poema que começam por este refrão: "Cartas d'amor quem as não tem..." Hoje, cheira a velharia falar em cartas de amor. Ninguém já escreve cartas e muito menos cartas de amor. Hoje, tudo se resume a "mensagens" rápidas, rápidas, num vai-vem igual ao frenesi da vida. Não me julgo saudosista, daquele tipo de debitar a cada passo o "no meu tempo é que era bonito, no meu tempo é que era bom"...Não, eu creio que a Humanidade evolui e nós com ela. E, o que passou, passou. Foi bom, naquele tempo, mas, agora, há outras coisas...Melhores, piores, não sei...diferentes. Mas que eu sempre gostei de escrever cartas, é um facto. Fossem elas de amor ou outras (creio que todas as que escrevi e foram muitas), foram cartas e amor!...Aquele debruçar-se sobre o papel em branco com o rosto da pessoa em fundo, aquele entrar dentro de mim, para sacar o que partilhar...era ou não era um acto de amor? Para mim era e continua a ser.
Vem isto a propósito das célebres "cartas de amor". É que, há tempos, descobri um livro de Kahlil Gibran, traduzido e adaptado por Paulo Coelho, intitulado precisamente "cartas de amor do profeta". Como, desde que li "O Profeta", não perco um livro de Kahlil, comprei-o. É uma delícia que todos os namorados e amantes deviam conhecer. Aí vai um bocadinho, para aperitivo:
"Tens o dom da compreensão, minha amada Mary. Tu és como o Grande Espírito que se aproxima do ser humano, não apenas para dividir os seus dias com ele, mas para fazer com que sejam mais intensos. Quando te conheci, o milagre desse teu dom fez com que os meus dias e noites, mudassem por completo.
Sempre pensem que, quando alguém nos entende acaba por nos escravizar - já que aceitamos tudo para sermos compreendidos. No entanto, a tua compreensão, trouxe-me a paz e a liberdade mais profundas que já experimentei. Nas duas horas da tua visita, descobriste um ponto negro no meu coração; tiras-te-o do meu peito, tocaste-o, e ele desapareceu para sempre - quebrando as correntes que me aprisionavam.
Que Deus te abençoe."

Sunday, November 02, 2008

APRENDER


"É preciso aprender as nossas linguas interiores. Uma grande parte da existência passa-se entre si e si-mesmo. É bom explorar o terreno e tirar daí o melhor partido".

(Jean Louis Schreiber)