SIMPLICIDADE VOLUNTÁRIA
Há meia dúzia de anos ouvi pela primeira vez esta expressão. Falava-se então de um grupo de pessoas que se treinavam para viver com o mínimo possível. Com o absolutamente necessário. A ideia ficou a bailar cá dentro e fez com que eu própria, de vez em quando, me fosse interrogando sobre os meus gastos. Ainda hoje, quando vou comprar alguma coisa, tenho por hábito perguntar-me: "Precisas mesmo disto"' E não raramente renuncia à compra.
Há dias encontrei nas estantes de uma livraria um livro precisamente com este título: SIMPLICIDADE VOLUNTÁRIA, de Duane Elgin, ed. estrelapolar. Claro que o comprei (sem me perguntar se precisava dele). A sua leitura está a revelar-me que precisava mesmo dele. Primeiro, tem-me ajudado a acertar as minhas ideias sobre esta questão. Segundo, está a ajudar-me a rever alguns aspectos da minha vida e, assim, evoluir.
Aqui fica uma pequena amostra:
"A simplicidade voluntária engloba ambas as condições, interior e exterior (...) A simplicidade voluntária é um modo de vida exteriormente simples e interiormente rico. É uma forma de estar em que o nosso ser mais autêntico e vivo é posto em contacto directo e consciente com a vida. Este modo de vida não é uma condição estática a alcançar, mas sim um equilíbrio sempre em mudança, contínua e conscientemente realizado (...) O objectivo da vida simples não é viver dogmaticamente com menos, mas com o equilíbrio necessário para realizar uma vida de maior propósito, realização e satisfação".
Nestes tempos em que o modelo económico que se instalou está a ser posto em questão, e em que está a ser urgente uma mudança de paradigma, talvez este tema nos possa ajudar. As grandes ou pequenas mudanças começam com a mudança de cada um.