GENTE QUE QUER CRESCER

Wednesday, September 04, 2013

VIAJAR

Gosto de viajar. Ultimamente, tenho vindo a descobrir uma nova forma de viajar, mais centrada na aventura. Viaja-se em quenos grupos (máximo 12 pessoas), sem grandes confortos, mas com um contacto intenso com os locais que se visitam, e com uma dinâmica de grupo muito interessante e com algum grau de exigência.
No mês passado foi o clássico Transiberiano que nos levou de Moscovo a Pequim, passsando pela Mongólia. De Moscovo ficou-me a grandiosidade, a beleza das suas Igrejas e monumentos, o Metro e o parque Gorki. Foram kilómetros palmilhados durante os quais foi possível observar a vida da cidade. Gente que se movimenta...sempre muita gente. Não senti particular simpatia nem alegria nos rostos dessas pessoas com quem nos cruzávamos. ou que nos serviam. Rostos fechados como fechada foi a Rússia durante tantos anos. Talvez isso tenha deixado uma certa dificuldade de abertura ao diferente.
Depois foi o comboio, muitas horas de comboio. Muitas noites dormidas no comboio. Foi a visita ao Lago Baical, a Irkutsk...lugares muito bonitos e ricos de história e de magia.
Voltar ao comboio é sempre um desafio. O comboio é o nosso ninho. Voltar ao livro que tínhamos deixado, às nossas simples refeições à base de "noodles" ao baloiço que nos adormece vai-se tornando um hábito gostoso.
A entrada na Mongólia surpreende. Primeiro pela paisagem que se vai tornando mais agreste, depois, pelos contrastes. Ulan-Bator, a capital é linda e enorme. Nela podemos encontrar os edifícios mais modernos ao lado dos tradicionais "gers" do povo nómada. Uma cidade imensa que alberga a grande maioria do povo mongol.
E chegamos a Pequim. Alojamo-nos num dos Hutongs (bairro), entre prédios e avenidas. Um bairro calmo, gente simpática e pacífica. Deslocam-se nas suas bicicletas ou motorizadas, umas e outras bem silenciosas. Apitam suavemente para a gente se afastar, mas nada de correrias. Aqui, tem-se a impressão que  o ritmo da vida mudou. Mas o Centro de Pequim é igual ao Centro de qualquer cidade do mundo ocidental. Apelo ao consumo, publicidade da mais sofisticadas lojas de artigos de luxo... Depois, é a histórica Praça Tianamen, a não menos histórica Cidade Proibida, o Buda Temple, a Universidade de Confúcio, outros que não deu para visitar e, finalmente, a Grande Muralha fim da nossa viagem. É uma privilégio caminhar na Grande Muralha. Faltam as palavras para descrever a sua grandiosidade. Para falar dos motivos que levaram um povo a  construiu uma obra destas apenas para se defender dos vizinhos. É simplesmente impressionante. Toda a  gente a devia visitar, pelo menos uma vez na vida.