GENTE QUE QUER CRESCER

Sunday, September 02, 2007

RITUAIS

Gosto de rituais. Não daqueles complicados, tipo "cerimónia", em que a gente fica ali à espera que aquilo acabe...Gosto dos rituais simples, marcados pelo significado dos gestos, pela beleza do conjunto, pela leveza, pela graciosidade! E gosto de sentir a vida marcada por rituais. Não o consigo sempre, mas de vez em quando, páro no que estou a fazer e imprimo-lhe um ritmo de "ritual". E a coisa ganha. Pode ser até algo de bem fastidioso ou de penoso, ou simplesmente de menos agradável. Mas, o facto de eu ter mudado a minha atitude interior, muda, de imediato, a carga afectiva do que faço. Não encontro palavras mais sábias para exprimir o que estou a querer dizer do que as que li há dias num livrinho de Anselm Grün, "Ao ritmo do tempo dos monges":
"Os rituais não requerem muito tempo. Posso transformar o decurso de um dia te trabalho normal num ritual, como por exemplo, o levantar-me, o lavar-me, o pequeno almoço, a ida para o trabalho. (...)Os rituais são sempre uma coisa sólida. Agarro em alguma coisa. Acendo uma vela. Faço um gesto. Sento-me para ler um livro. Ou faço silêncio por alguns momentos. Medito. Os rituais dão-me a sensação de que o tempo me pertence. (...) Não é o tempo que me invcade e determina, mas sim eu que o planeio e o cunho".
(Anselm Grün, Ao ritmo do tempo dos monges, Paulina Editora, Prior Velho, 2006)

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