ESPERAR CONTRA A ESPERANÇA
Companheiro de jornada,
recebe a saudação do caminhante!
Senhor do meu partido coração;
Senhor da despedida e do fracasso;
do silêncio grisalho da tarde que desce;
recebe a saudação da casa em ruinas!
Luz da manhã recém-nascida,
sol do dia perdurável;
recebe a suadação da esperança que não morre!
Sou caminhante de um caminho sem fim;
Tu que és o meu guia,
recebe a saudação do homem vagabundo!
(R. Tagore)
Neste fim de tarde outonal deixo-vos esta pequenina jóia de Tagore. Somos todos "caminhantes de caminho sem fim". E nesta caminhada é bom encontrar alguém que nos vá ajudando a pensar o nosso caminho. E Tagore ajuda sempre. Pelo menos a mim. É profundo. É rico. Conduz-nos para o essencial. Ensina a sabedoria.
recebe a saudação do caminhante!
Senhor do meu partido coração;
Senhor da despedida e do fracasso;
do silêncio grisalho da tarde que desce;
recebe a saudação da casa em ruinas!
Luz da manhã recém-nascida,
sol do dia perdurável;
recebe a suadação da esperança que não morre!
Sou caminhante de um caminho sem fim;
Tu que és o meu guia,
recebe a saudação do homem vagabundo!
(R. Tagore)
Neste fim de tarde outonal deixo-vos esta pequenina jóia de Tagore. Somos todos "caminhantes de caminho sem fim". E nesta caminhada é bom encontrar alguém que nos vá ajudando a pensar o nosso caminho. E Tagore ajuda sempre. Pelo menos a mim. É profundo. É rico. Conduz-nos para o essencial. Ensina a sabedoria.
posted by Ilda Fontoura @ 10:57 AM
2 Comments:
At 8:18 AM,
Paulinha said…
Olá, eu acho a poesia sempre bela, a dedicação de alguém tentando exprimir os seus sentimentos e pensamentos mas com o cuidado da forma, da rima e de no fim ficar harmonioso e belo. Entretanto, apanhei o gosto de "Commentar" Ilda e como estas questões do auto-desenvolvimento, da partilha de experiências são para mim muito queridas, tomo a liberdade de colocar um texto que li e me agradou: "A nossa capacidade de dar está limitada pelas palavras. O silêncio contém o Todo. Cada palavra é apenas uma parte. Sempre que tentamos comunicar a nossa percepção da vida por palavras queremos acreditar que muitas partes reunidas podem traduzir o Todo. Há tempos uma criança de 14 anos disse-me: as tuas teorias são sempre interessantes. Como sei que nenhuma verdade é absoluta e todas são verdadeiras, calei-me. Sei que só o silêncio contém o Todo. Sei que, por mais que tente esclarecer um processo de vida a alguém, só quando cada pessoa se permite escutar o seu próprio silêncio é que começa a entender. Sei que somos seres multidimensionais. Sabemos ser ausentes e conscientes de nós próprios, em simultâneo. É apenas o medo de cada um se conhecer que nos mantém convictos de que as palavras podem traduzir o silêncio. Sei que não sei nada e, no entanto, o que sei é real."
Penso que o acto de silenciarmo-nos conseguesse com a prática da Meditação.
At 8:14 AM,
Ilda Fontoura said…
"O silêncio contém o Todo"...Li, em tempos, qualquer coisa como: "Com a palavra assassinamos metade do nosso pensamento" Por vezes damos connosco a dizer:"não me entendeste...não me fiz entender...É verdade, a palavra, por mais rica que seja, limita-nos. É como se o pensamento fosse mais depressa do que a palavra ou vice-versa.Às vezes há como que um desfasamento entre o pensaento e a palavra e somos atraiçoados pelo fluir da palavra. Por isso, eu acho de uma extrema sabedoria aquela expressão: "O silêncio é de ouro". Sim, calar é quase sempre o melhor. Mas, como distinguir entre a palavra necessária e a palavra barulho? Sim,porque muitas vezes, falamos só para não estarmos calados. Para prencher um silêncio que nos incomoda. E tentamos preenchê-lo só que não o preenchemos: Ocupamo-lo com o barulho das palavras. Saber dizer a palavra certa no momento certo, é uma sabedoria.Não muito fácil de alcançar.
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