GANDHI

Há dias comprei uma pequena compilação do pensamento deste grande homem que foi Gandhi. Chama-se precisamente "A Sabedoria de Gandhi". Quando, últimamente passeei pela Índia, fui visitar, em Bombaim, o Museu de Gandhi sediado precisamente na casa de um amigo deste que o acolheu durante a sua permanência na cidade. E ali estava o seu quartinho, exactamente como foi utilizado por este grande mentor da Humanidade. Um colchão no chão, a roca de fiar, e nada mais. A simplicidade, a sabedoria o desprendimento ali espelhados. E, ao abrir este livro que comprei, li:

"O Homem deve escolher um de dois caminhos, o ascendente ou o descendente; mas, como tem a brutalidade dentro de si, optará mais facilmente pelo caminho descendente, sobretudo quando o descendente se lhe apresentar com um aspecto fantástico. O Homem rende-se facilmente, quando o pecado se reveste de virtude."

Com outras palavras, já vi esta ideia expressa em vários autores, entre eles S. Paulo quando diz:

"Não faço o bem que quero e faço o mal que não quero". É o que cada um de nós vai constatando no seu dia-a-dia. Sonhamos com coisas fantásticas, até fazemos muito bons propósitos mas, muitas vezes, ficamo-nos por aí ou, pior do que isso, quando nos apontam caminhos que oferecem prazer sem dor (como se isso fosse possível), logo enveredamos por aí.

Por outro lado, como em cada um de nós existe uma "centelha de divino", acabamos por não ficar muito tempo por aí. Não aguentamos o sofrimenbto que esses caminhos acabam por provocar em nós. E saltamos fora, e abrimos as asas, e voamos...em direcção ao nosso destino, ao nosso verdadeiro destino, a felicidade, aquela autêntica proveniente do mais profundo do nosso ser.