FLAMINGOS
Andam por aí flamingos. É só chegar à minha janela e lá estão eles. A maior parte do tempo andam na pescaria, de pescoço enfiado na água. Depois levantam o pescoço comprido e ficam a observar. Esticam-se ao sol, soltam um voo e regressam à sua faina de apanhar o seu "pão de cada dia". Parece que até as gaivotas desapareceram para lhes ceder o lugar.É como se dissessem, "é a vossa vez de desfrutar deste espaço abençoado". Delicio-me a contemplar a vastidão desta Ria e os seres que a vão povoando. E dou graças à vida por me proporcionar esta beleza mesmo em frente às minhas janelas.
O ar já se torna fresco. O Outono não tarda aí. Mas o sol continua a iluminar a paisagem. Somos um país de muito sol e talvez nem sempre saibamos apreciar isso. Devíamos ser mais alegres, mais extrovertidos, menos adeptos do "fado" e dos lamentos que tantas vezes nos corroem a alma. Lamentos por aquilo que muitas vezes nem chega a acontecer . Ou que acontece apenas na nossa imaginação, como tão bem diz Fernando Pessoa:
"Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida".
Muitas vezes apetece-me perguntar: "Por que nos pre-ocupamos tanto?" Por que não deixamos a vida correr serenamente e esperar por aquilo que ela nos vai trazendo. É que, "a cada dia basta a sua pena".
O ar já se torna fresco. O Outono não tarda aí. Mas o sol continua a iluminar a paisagem. Somos um país de muito sol e talvez nem sempre saibamos apreciar isso. Devíamos ser mais alegres, mais extrovertidos, menos adeptos do "fado" e dos lamentos que tantas vezes nos corroem a alma. Lamentos por aquilo que muitas vezes nem chega a acontecer . Ou que acontece apenas na nossa imaginação, como tão bem diz Fernando Pessoa:
"Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida".
Muitas vezes apetece-me perguntar: "Por que nos pre-ocupamos tanto?" Por que não deixamos a vida correr serenamente e esperar por aquilo que ela nos vai trazendo. É que, "a cada dia basta a sua pena".
Labels: Fernando Pessoa
2 Comments:
At 8:03 AM, Lucinda said…
É isso mesmo! Quantas vezes sofro por antecipação? Ainda sofro...mas já sofro menos, bastante menos. Faço o meu melhor e sigo em frente, serenamente! Confio!
Nem sempre as coisas correm como as pensei, como as idealizei...mas quem disse que essa forma era a melhor? Sinto que ao longo deste processo em cada "reviravolta" aprendo algo sobre mim e percebo que quando confio, quando me entrego, há como que uma libertação que me deixa mais disponivel para o esforço, para o empenho. Não sei se consegui explicar mas é como que sinta que não tendo de "carregar" a preocupação a energia se direciona para as coisas positivas e tudo corre melhor.
Lucinda
At 9:19 AM, Ilda Fontoura said…
Creio que é axactamente isso, e que com todos acontece o mesmo. O difícil é largar o controlo, é pensarmos que a tal maneira que idealizámos é a melhor. Vem-me aquela frase da Bíblia: "Quanto dista o céu da terra, assim distam os meus pensamentos dos vossos pensamentos, os meus planos dos vossos planos". Que sabemos nós daquilo que é melhor para nós?
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