TUDO O QUE FAÇO...
Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
e eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem,
Fernando Pessoa
Identifico-me com este poema. Sobretudo com a primeira quadra. Aquela totalidade no fazer a que aspiro, a que todos aspiramos fica sempre ou quase sempre aquém do que desejamos alcançar. Queremos a perfeição, queremos o maior, o melhor....queremos mais e mais...e, muitas vezes debatemo-nos com as nossas frustrações por não chegar. Como o nosso grande poeta. Este homem, ortónimo e heterónimo, este poeta singular o grande PESSOA,
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