8 de Dezembro

8 de Dezembro! Repasso nos caminhos da minha vida as memórias deste dia. Era o dia da Mãe. Era o dia da Mocidade Portuguesa (feminina). Era o dia da oferta dos berços a crianças desfavorecidas. E com que esmero se preparava o enxoval para aquela criança que iria beneficiar de tal ajuda. No seu conjunto, eram, de certeza, centenas de berços oferecidos nesse dia.

Os tempos mudaram. A história foi avançando. Já pouca gente se lembra destes modos de fazer, já pouca gente se lembra da Mocidade Portuguesa... São coisas do passado.

Mas do passado não é a solidariedade, que nesta época natalícia assume proporções bem mais significativas do que é habitual. Para bem de todos, sobretudo dos mais carenciados que são cada vez mais numerosos entre nós. Quando observo a corrida aos centro comerciais, a corida às prendas, penso no quanto desperdiçamos em tudo isso. Deveríamos converter-nos à simplicidade. Deveríamos perceber que, para demonstrar amor e carinho não preciamos de gastar muito tempo nem forças na corrida desenfreada ao consumismo. Deveríamso estar mais centrados no essencial. Deveríamos estar mais centrados  na essência da vida a partir da qual tudo ganha um novo e superior significado.