GENTE QUE QUER CRESCER

Tuesday, May 24, 2005

NOVA, NOVA, NOVA, NOVA

Hoje abri um livro de poemas, como quem abre a Bíblia, para encontrar inspiração para aquele dia. E saiu-me este poema de Irene Lisboa que partilho convosco.

NOVA, NOVA, NOVA, NOVA.

Não era a minha alma que queria ter.
Esta alma já feita, com toque de sofrimento
e resignação, sem pureza nem afoiteza.
Queria ter uma altura nova.
Decidida, capaz de tudo ousar.
Nunca esta que tanto conheço, compassiva, torturada
de trazer por casa.
A alma que eu queria e devia ter...
Era uma alma asselvajada, impoluta, nova, nova, nova,
nova, nova.

2 Comments:

  • At 2:19 PM, Blogger Ilda Fontoura said…

    Calma...Não é o fim do mundo quando caímos e mesmo desesperamos por causa disso. Eu sei que custa. Sei que dói. Sei da vergonha e da raiva connosco mesmos. Sei que é doloroso não ver o fim. Sei do fosso para onde resvalamos e do mal que nos sentimos aí. Sei dissso tudo e, apesar de tudo, continuo a ACREDITAR que lá no fundo está aquela luz de sempre...Imperturbável e serena. Só que umas nuvenzitas a esconderam. "Se choras porque não vês o sol, as lágrimas poderão impedir-te de ver as estrelas". (Não sei se é bem assim...)E há estrelas no céu. São mais pequeninas, mas brilham. E como brilham! Manuela, a VIDA continua a chamra por ti. Estejas tu onde estiveres. Vais ver que, um qualquer dia, apareces linda, livre e luminosa como tu nunca imaginaste. Fico "torcendo" por ti.

     
  • At 7:38 AM, Blogger Ilda Fontoura said…

    Que bonito, Anabela. Quase ias fazendo outra poesia. "Esta minha alma de trazer por casa..." Gostei.
    Se calhar todos somos poetas. Só que não paramos para soltar a poesia. Almas refrescadas é tudo quanto se precisa. (Sobretudo quando o calor aperta, como está acontecendo!!!:))

     

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