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Sunday, December 04, 2005

MANDALAS

A mandala é uma figura simbólica que representa um círculo munido de um centro, à volta do qual se ordena um conjunto de formas. Esta figura encontra-se por toda a parte no Universo. da célula às plantas, passando pelas rosáceas das catedrais até à nebulosa astral. A mandala exprime ao mesmo tempo a unidade e a diversidade. C. Jung viu na figura simbólica da mandala uma confirmação da sua teoria do Ser: "...pelo facto de pressentir a existência de um centro da personalidade, uma espécie de ponto focal na psique ao qual tudo está ligado, pelo qual tudo se organiza e que é, ele mesmo, fonte de energia. Esta energia central manifesta-se por uma compulsão, uma impulsão quase irresistível de nos tornarmos aquilo que somos, da mesma forma que cada organismo é impelido a tomar a forma característica da sua espécie, quaisquer que sejam as circunstâncias".
Vem isto a propósito do meu gosto pelo desenho de mandalas. Gosto de ver o círculo a encher-se das formas mais fantasiadas e coloridas. Entre as que desenhei, alguém gostou particularmente de uma a que chamei EXPANSÃO - um centro amarelo que se vai alargando nas mais variadas e matizadas cores. Entra essas cores, uns raios negros que não atingem o centro.Pediram-me para repetir esta mandala, agora em tamanho grande, para uma parede da sala da UNIPAZ, em Lisboa. Estive a fazer isso. À medida que ia desenhando era como se contemplasse o meu próprio SER em expansão, abrindo, abrindo... até ao limite. A certa altura, verifiquei que os raios negros não chegavam ao centro da mandala. E perguntei-me porquê? Claro, para mim, esses raios negros são um símbolo de tudo quanto ainda existe para clarear. Mas isso não podem atingir o CENTRO. Aí só há luz. Uma luz intensa, forte, que vai afastando as sombras para recantos cada vez mais longínquos.

1 Comments:

  • At 1:39 AM, Blogger Ilda Fontoura said…

    Obrigada, Nela, pelo site das mandalas. Dei uma olhadela rápida e gostei. Vou ter mais inspiração para a minha colecção pessoal de mandalas - feitas por mim, claro. Além de que é, de facto, muito pacificante ficar ali a olhar o fazer e desfazer da mandala. E obrigada também pela tua participação persistente. É assim que vamos caminhando, ajudando-nos mutuamente. Atentas a nós, atentans ao outro e procurando cá dentro, nessa fonte inesgotável, as tais "coisas bonitas" com que nos vamos encorajando mutuamente. Até à meditação de terça...

     

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