GENTE QUE QUER CRESCER

Sunday, June 25, 2006

O MISTÉRIO DAS COISAS

A meditação desta manhã colocou-me face ao MISTÉRIO. O mistério do cosmos em toda a sua ordem e perfeição, no seu eterno acontecer, o mistério da vida que surge espantosa a gratuita do nada, do puro nada... o mistério que é cada um(a) de nós com todo o nosso mundo interior rico e insondável, pulsante de inquietações, sonhos e quimeras...E é uma sensação de pequenez mas ao mesmo tempo de grandeza que me invade. Eu sou o único ser da criação capaz de me interrogar sobre tudo isto, de procurar respostas, de me emocionar, de sentir o pulsar da vida em mim e agradecer. E que sou capaz de desfrutar da Beleza que se esconde por detrás do mistério.
Não sei se tem algo a ver com isto, mas ontem gostei de ler um texto sobre a arte de ser feliz e de saborear os bons momentos da vida. Deixo aqui algumas dicas que um escritor brasileiro, Eugénio Sales Queiroz, deixa para vivermos melhor esta vida que nos é dada como dom:
1. Procure manter sempre um sorriso no rosto não só quando estiver alegre por algum motivo, mas quando sentir que a angústia, a tristeza e a tensão estão a tomar conta da sua mente.
2. Busque a ajuda de pessoas que transmitem segurança e simpatia; essas pessoas têm consigo um poder contagiante que podem ajudar a manter o seu equilíbrio emocional sadio.
3. Leia livros que inspirem a sua mente e que, de alguma forma, o ajudem a encontrar um sentido optimista para a sua vida.
4. E, sempre que puder, procure fazer caminhadas, procurando deixar a sua mente livre e sossegada, relaxando um pouco e dando um sentido novo à sua vida.

Thursday, June 22, 2006

SILÊNCIO AMOROSO...

"Nos dias ociosos
que pena senti pelo tempo perdido!

Mas, terá sido alguma vez perdido, Senhor?
Não tiveste tu a minha vida,
a cada instante em tuas mãos?

Escondido no coração das coisas,
tu nutres sementes
e transforma-las em rebentos
e os botões em flores
e as flores em frutos.

Estava eu cansado,
dormitando no meu leito ansioso,
e pensava que nada fazia.
Quando acordei, pela manhã,
vi o meu jardim
cheio de flores maravilhosas."

R. Tagore

Que tal, face a esta pérola de Tagore ,olharmos com os olhos da mente e do coração para as nossas pressas e os nossos "stress"?

Monday, June 12, 2006

ENSINAMENTOS

Hoje lia algures:
"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores.
Se não houver flores, valeu a sombra das folhas.
Se não houver folhas, valeu a intenção da semente".

A partir daqui, continuei a minha reflexão: a vida traz-nos sempre algum ensinamento, alguma sabedoria, alguma nova experiência; de tudo podemos tirar proveito para crescer e evoluir. Assim, a única pergunta acertada frente a qualquer acontecimento, feliz ou doloroso é: que aprendizagem me traz este acontecimento? E deixar que a resposta venha, porque a nossa sabedoria interior vai, de certeza, encontrá-la.

Thursday, June 08, 2006

SOLIDÃO

Há dias em que um sentimento de melancolia nos preenche como uma mancha cinzenta, ocupando todo o nosso ser, toldando a nossa visão, como se esse cinzento se espalhasse ao nosso redor. Disse CINZENTO? Porque atribuimos cores aos nossos estados de espírito? É que, há, de facto, uma afinidade, vivida consciente ou inconscientemente, entre nós e as cores. Ainda hoje lia algures: "O ser humano está rodeado de cores desde o nascimento e é influenciado por elas através da visão, da pele e da respiração.(...)As cores de que as pessoas não gostam dizem muito sobre o que as pessoas são no seu íntimo, mas têm medo de demonstrar. As cores preferidas funcionam como as máscaras que utilizamos para nos apresentarmos ao mundo".
Verifico agora que mudei de assunto. Era de solidão que eu queria falar. Veio o resto a propósito do cinzento. Voltarei, um dia, à questão das cores. Então, daqueles dias "cinzentos" que posso dizer? Que são pesados, longos, desamparados e que a gente fica para ali sem saber se sai, se não sai, se telefona, se não telefona, etc..E, o único movimento a fazer é mesmo pegar no telefone. Ligar, de preferência, para alguém que temos a certeza que nos aprecia e gosta de nós, melancólicos ou alegres, dando ou pedindo. E foi outro texto que me sugeriu esta reflexão. Este de St. Exupéry: "Não tenho esperanças de poder sair sozinho da minha solidão. A pedra não tem esperança em ser algo mais que pedra, mas ao colaborar com as suas semelhantes agrupa-se e faz-se Templo". Não nascemos para vivermos sozinhos mas para nos associarmos a outras pedras e com elas construirmos mundos. No entanto, há aquele mais íntimo de nós mesmos, onde, num dado momento, cada um se sente só consigo mesmo. É como se nada nem ninguém nos pudesse preencher. E essa solidão é para ser vivida e para nos relançar em novas procuras.