GENTE QUE QUER CRESCER

Saturday, May 31, 2008

SABIA QUE...

"Sabia que, quando se sente em baixo, pode mudar isso num instante? ponha uma música maravilhosa, ou comece a cantar - isso vai mudar a sua emoção. Ou pense nalguma coisa linda. Pense num bébé ou em alguém de quem gosta verdadeiramente, e mantenha a imagem algum tempo. Mantenha esse pensamento na sua mente por algum tempo. Bloqueie tudo o resto, excepto esse pensamento. Garanto-lhe que vai começar a sentir-se bem".

Quem assim fala é Bob Proctor no "Segredo", um dos livros mais vendidos em Portugal nos últimos tempos. Sabia também que Bob Proctor vai estar em Portugal no próximo dia 18 de Junho? Pois é, vai estar no Pavilhão Atlântico, a convite de Adelino Cunha, o fundador do I have the power (www.ihavethepower.net). Creio que é um privilégio termos entre nós um orador desta dimensão e, por isso, também será um privilégio poder deslocar-se ao Pavilhão Atlântico para o ouvir. Talvez ele nos ensine ou nos dê mais uma ajuda para conduzirmos a nossa vida duma forma positiva. Precisamos tanto de saber olhar para cima, para as coisas lindas da vida! Todos queremos ser felizes, todos queremos estar bem. Está nas nossas mãos. Toda a força de que precisamos para isso reside dentro de nós.

Saturday, May 24, 2008

SE PERDER...

"SE PERDER UM AMOR...NÃO SE PERCA!
SE O ACHAR...SEGURE-O.
CIRCUNDA-TE DE ROSAS, AMA, BEBE E CALA.
O MAIS, É NADA"

(Fernando Pessoa)

Tuesday, May 20, 2008

RELAÇÕES

Acabo de ler um livro bem interessante dum romancista Japonês, ao que parece um dos grandes escritores da actualidade, que me fez reflectir sobre esta coisa complicada que são as relações entre as pessoas. Diz este romancista a certa altura do seu livro "Sputnik, meu amor":
"E assim prosseguinmos com as nossas vidas, cada um para o seu lado. Por mais profunda e fatal que seja a perda, por mais importante que seja aquilo que a vida nos roubou - arrebatando-o das nossas mãos -, e ainda que nos tenhamos convertido em pesssoas completamente diferentes, conservando apenas a mesma fina camada exterior de pele, apesar de tudo isso continuamos a viver as nossas vidas, assim, em silêncio, estendendo a mão para chegar ao fio dos dias que nos coube em sorte, para logo o deixarmos irremediavelmente para trás. Repetindo, muitas vezes, de forma particularmente hábil, o trabalho de todos os dias,deixando na nossa esteira um sentimento de um incomensurável vazio".
(Haruki Murakami, em Sputnik, meu amor)
Já aqui abordei, em posts mais antigos, o tema dos nossos relacionamentos. E este pequenino extracto, oferece-me mais uma oportunidade de reflectir sobre a forma como nos entregamos ou não uns aos outros. Porque, quer queiramos ou não, a nossa vida é uma teia de relações. Viver é relacionar-se. E é interessante observar como se vai tecendo essa teia. Primeiro, o outro surge como a pessoa ideal, cheia de qualidades, um cestinho de surpresas cada qual a mais surpreendente e encantadora. Até conseguimos encontrar imensos pontos de sintonia: "É incrível como somos parecidos, como pensamos da mesma maneira...é incrível a sintonia que há entre nós..." É o momento do encantamento que pode durar mais ou menos tempo. Depois, começamos a perceber que afinal o outro tem este e aquele defeito. Que não é assim tão perfeito e tão "superior" como tinhamos imaginado. Digo bem "imaginado"! Porque o outro, melhor, a imagem que dele fazemos, é fruto do nosso inconsciente. Aquilo que percebo dele é fabricado por mim. É a imagem que eu faço dele.
Só que os laços já estão enraizados. Para conveniência dos dois, (é tão bom, ser aceite, aceitar...ser acarinhado/a...)preferimos ir continuando, mesmo quandoa relação já não nos satisfaz. E, o mal-estar, a decepção, começam a instalar-se: "antigamente não era assim, já não o/a reconheço, etc), e mais dia menos dia vem o que tanto temiamos, o corte. E vem o sofrimento. E vem a tristeza e a solidão. E damos voltas e voltas à cabeça para encontrar saída.
É aqui que frases como as transcritas acima podem ajudar: "...continuamos a viver as nossas vidas, assim, em silêncio, estendo a mão ao fio dos dias que nos coube em sorte..." Ou ainda esta frase de um outro autor: "Cada alma segue o seu caminho sozinha..."
São tempos de muito sofrimento e solidão. Mas são também tempo de um grande crescimento interior. É a partir de nós e agarrando-nos àquilo que de mais positivo já experimentamos em tempos semelhantes, que poderemos ir agarrando os fios da nossa vida e ir em frente, mesmo se não vemos caminho.

Monday, May 12, 2008

ÍNDIA II

Depois da minha viagem apeteceu-me ler um livro sobre a Índia, que relata a viagem de uma jornalista e um fotógrafo, por caminhos do Ganges, da Rajastão e de Caxemira. Já na parte final do livro diz a autora:
"Longe da Índia, aprendi que, por mais coisas que vejas, ficas sempre com a sensação de que ainda não viste nada, de que o melhor se esconde atrás das cortinas que ocultavam o interior daquela casa que não tiveste tempo de visitar, de que perdeste algo fundamental ali mesmo, revelador do objectivo da viagem, e que tens de regressar para acabar de ver o que já viste. Porque a viagem, como a vida, não pode fechar-se em si mesma".
(Eugénia Rico, em No País das Vacas sem Olhos)
Concordo com a autora. Em cada viagem que faço, fica em mim o desejo de voltar. Mesmo à Índia, apesar da dureza do clima, e de todas as outras condições em que a viagem é feita, sobretudo apesar da dor que nos causa a contemplação de tanta miséria, de tanta pobreza e discriminação. Não viajo para dizer que já visitei uns tantos países! Não, a minha sede é outra. É o conhecimento. É a abertura a outras culturas e a outros modos de ser e de viver. É perceber por dentro esta humanidade na sua totalidade, na sua progressão e procura de felicidade e de bem-estar, desejo inculcado no mais profundo do coração humano de todas as raças e culturas.
Este desejo vem ao de cima particularmente nas práticas religiosas das mais diversas religiões. A Índia é Hinduísta. Nascer na Índia é nascer hinduísta, embora aí encontremos também o Islamismo e um quase nada de Busdismo. O Hinduísmo com todos os seus deuses, com todos os seus cultos, com toda a sua fé no Karma e a Reincarnação! Também com os seus místicos: Tagore, Krishnamurti...É assim a nossa humanidade. É neste conjunto que todos continuamos a caminhada, cada um a sua, em busca sempre da felicidade, do bem-estar.

Monday, May 05, 2008

INDIA



Este é o rosto da Índia de onde acabo de regressar. A pobreza, a miséria, o sofrimento. Este, é um rosto que esconde outros tantos rostos. Centenas, milhares....Rostos, olhares que se cravaram na minha alma como uma seta, atingindo-me naquele lugar de mim onde há lugar para os outros, especialmente para os mais fracos, para as vítimas de qualquer tipo de violência e de discriminação.
Custa a entender como, num país onde há tanta riqueza acumulada, onde se constrói uma bomba atómica, onde existem as mais avançadas tecnologias, se permitam situações de tão extrema pobreza. E que mundo é este em que vivemos que deixa morrer à fome e que, por outro lado mata de superabundância? Sim, custa a entender este nosso mundo!
E, quedo-me, muda e calada, perante a incompreensão. E sou levada a rever a minha vida, os meus critérios, as minhas opções. Ir à Índia não é fazer turismo, é encetar um caminha de conversão. Pelo menos essa foi a minha vivência.